Em 2001, Daniel fez uma das performances mais definitivas de sua carreira. O cantor finalmente superou a perda de João Paulo, morto num desastre automobilístico em 1997, e criou um show no qual mesclou pérolas do repertório sertanejo com o melhor da canção romântica. Sucessos como Estou Apaixonado, dos tempos com o ex-parceiro, se uniam a clássicos do repertório caipira, como Tocando em Frente (de Almir Sater e Renato Teixeira) e Meu Reino Encantado (de Lourenço & Lorival), além de uma guinada para a MPB, demonstrada nas versões de Porto Solidão (sucesso de Jessé) e Soy Loco por ti America (Caetano Veloso). Eram outros tempos e um outro mercado. O show foi gravado no Olympia, casa paulistana que representou o auge de todo artista popular. Tocar ali, num local que abrigava a alta MPB de Marisa Monte e astros de alto patente do showbiz gringo, era sinal de que o sujeito havia “chegado lá”. E vendia-se aos borbotões um artefato chamado CD. Ao Vivo bateu a marca de 500 000 unidades comercializadas, transformando Daniel num dos maiores nomes do sertanejo daquele período.
Ao Vivo está de volta ao mercado, mas adaptado para os novos tempos. O show será lançado amanhã no canal da Warner no YouTube. Mas VEJA apresenta o conteúdo desse DVD com exclusividade. Basta clicar o link abaixo e desfrutar de um Daniel e banda na ponta dos cascos – uma qualidade que ele mantém até nos dias de hoje – e um repertório de primeira linha. Porque ele sempre foi um intérprete diferenciado. Não era afeito aos agudos dos canários daquele período – Xororó, Zezé di Camargo etc -, muito menos era afeito ao estilo estoura peito de um Bruno (da dupla com Marrone), que acabou por influenciar 90% dos sertanejos universitários. É um artista de canto suave – o que sempre lhe permitiu tatear por outras esferas musicais. Com vocês, Daniel numa das melhores performances de sua carreira