Sentada em sua varanda a beira-mar, Roberta Miranda participou do programa ‘De Tudo Um Pouco‘ desta sexta-feira, 29, e relembrou seu início de carreira no sertanejo. Pioneira como mulher numa área considerada machista, ela revelou que sofreu muito. “No meu tempo não tinha nenhuma mordomia, era só paulada e correria. Eram quase 170 show no ano. Foram 20 e poucos anos de preconceito até eu abrir todo esse mercado. Lutei muito, tive que dar porrada no vento. Era muita gente querendo me derrubar, mas eu tenho um defeito que é a paixão pela minha arte, ela é uma missão que Deus me deu. E quando você tem essa paixão você vai lá e faz, a gente vence aí”, explicou. Questionada sobre a cena do ‘feminejo‘, Roberta disse estar orgulhosa do que vê. “Eu sempre entendi que eu tinha que desbravar aquele caminho terrível do preconceito. Nunca fui aquela que diz ‘a precisamos de uma voz feminina’ e não fazia nada, eu fui e fiz. Fiquei 25 anos sem ninguém estar concorrendo. Até que vieram essas novas cantoras e, Graças as Deus, o mercado está invadido por bons profissionais. Tenho o maior carinho e amor por todas”
Sucesso no TikTok, a cantora contou como foi seu processo de transição para a vida digital. “Os projetos da minha vida são assim. Primeiro tem a resistência e depois eu vou amadurecendo. Eu não queria entrar para as redes sociais, mas fui entrando de uma forma lenta. A minha primeira casa foi o Twitter e eu já entrei me ferrando porque quase coloquei uma foto nua e foi um inferno tirar a foto de lá. E de repente quando eu vi, virou uma loucura em todas as redes. Mas agora eu estou no TikTok e até dei entrevista para um site gringo”, revela Roberta.