Artistas já são considerados como grandes nomes da nova geração da música sertaneja
Estamos aqui com mais uma entrevista especial e exclusiva. Agora, com a dupla sertaneja Fred & Fabrício.
Com uma trajetória marcada por muita dedicação e talento, Fred & Fabrício se tornaram uma das referências na música sertaneja e conquistaram fãs em todo o Brasil. Com um estilo único e inovador, a dupla tem deixado sua marca no cenário musical com suas canções que falam diretamente ao coração.
Nesta entrevista, vamos conhecer um pouco mais sobre a história dos artistas, seus desafios e suas inspirações.
Então, preparem-se para se emocionar com Fred & Fabrício e curtam essa conversa com eles!
Como vocês se conheceram e decidiram formar a dupla Fred & Fabrício?
Fabrício
O início foi meio que uma obra do acaso. Fomos contratados para cantar na casa de uma amiga em comum e tinham outros artistas lá também. O evento atrasou e tivemos que cantar junto com eles, no mesmo palco.
O contratante, que é amigo nosso também, gravou nossa apresentação na mesa de som. Passou um tempo, ele mostrou a gravação e eu fiquei maluco quando ouvi nos dois cantando. Daí, tivemos a ideia de fazer um projeto baseado naquela apresentação/show.
O Fred concordou comigo e na mesma semana gravamos esse projeto. A partir disso, nossa vida virou uma tempestade de gente em cima, de pessoas querendo a nossa união, mas ficamos meio fechados em relação a isso. Por nós dois já ter tido outras duplas, tínhamos meio que um trauma de formar uma dupla novamente. Mas, as portas foram se abrindo de uma maneira tão gigantesca, coisa que não acontecia com as nossas carreiras enquanto estávamos solo, e acabamos se rendendo.
Fomos conversando com Deus, com diversas amostras e respostas dele que este era o caminho, e decidimos formar a dupla. O resto vocês já viram né! O que já aconteceu em um ano e meio, e quantos frutos já estamos colhendo!
A perspectiva é muito grande, muito maior do que tudo que já aconteceu, que já é muito grande para nós. Em um ano e meio, que praticamente não investimos em nada na nossa carreira, já estamos colhendo muita coisa viu!
Vocês têm alguma estratégia específica para expandir o público e atender aos fãs com os shows?
Fred
Não há uma estratégia. Na verdade temos que fazer nosso papel que é ter uma boa relação com os fãs. Por exemplo, o atendimento no camarim é muito importante. O cantor sertanejo que não atende o fã, o povo nem volta mais no show, pois se cria um “bafafá” na cidade, tipo: “o cara é metido e não atendeu ninguém”…
Tanto é que quando dobramos, ou seja, dois ou três shows no mesmo dia, para não sair sem atender nestes dias, a gente tira um tempo do momento de preparação, que é trocar de roupa, aquecer voz, arrumar cabelo e barba, maquiar, e fazemos bem mais rápido, correndo mesmo, para atender todo mundo antes do show, uma média de 20 a 30 pessoas.
Quando não tem dobra de show, aí atendemos os fãs e também todo mundo que quiser tirar foto depois do show. Para nós isso é primordial! Também respondemos as pessoas no Instagram e no YouTube. Somos assíduos da internet. Somos de uma geração passada, tanto eu como Fabrício, temos que se esforçar muito para fazer esse trabalho, que não é tão natural, mas a gente faz. Postamos as coisas para os nossos fãs no Instagram, eu tenho muita coisa no YouTube, cantando, voz e violão. Também abrimos a caixinha de perguntas, brincamos com os fãs. Isso é primordial e acabou sendo um bê-á-bá.
Quais são as principais inspirações musicais de vocês?
Fabrício e Fred
A principal é Zezé Di Camargo e Luciano, mas em geral as duplas dos anos 90. Acho que somos uma mistura de todas elas, Leandro e Leonardo, Bruno e Marrone, Cristian e Ralf, Chitãozinho e Xororó. O interessante é que quando Bruno e Marrone estouraram nos anos 2000, a gente já escutava as músicas deles antes desse estouro e já os admirávamos. E as músicas que mais gostamos de cantar são as que não eram tão conhecidas.
Como vocês definiriam a identidade musical da dupla?
Fabrício
Nossa identidade se responde no acústico número 1, que é a mistura de todas essas duplas dos anos 90, com a energia desta época, misturada com a nossa identidade própria, que vai vir de novo com o nosso repertório autoral, que já estamos construindo com a nossa veia de composição também, é isso aí! Na verdade, a nossa identidade como artista, pura e individual, já tínhamos, mas a identidade da dupla está sendo montada através e depois do acústico número 1.
Como é o processo de criação de uma música nova?
Fred
É um trabalho muito gostoso de fazer, porque para nós é muito fácil, pois sabemos claramente o que é uma música para a gente cantar, e o que é uma música para não cantar e sabemos claramente o que queremos. Então, não estamos à mercê do vento e deixando ele nos levar para onde quiser. Sabemos o que queremos e procuramos o que gravar e fazemos o que tem amor. Tanto que as músicas que gravamos, em todas elas, a gente pira, e se não pirar, a gente não grava!
Vocês já tiveram alguma experiência marcante ou engraçada durante um show? Podem contar pra gente?
Fred
O fato de estarmos tão pouco tempo cantando em grandes palcos e tendo a nossa carreira assimilada e nos juntando a grandes nomes do sertanejo, já é uma experiência incrível. Quem que iria imaginar que com menos de dois anos de carreira já estaríamos tocando nas áreas do Brasil e já teríamos milhões de views?
Fabrício
Essa experiência do Villa Country é muito interessante falar, porque antes de formar a dupla, eu tinha uma outra dupla com um cantor residente do Villa Country, e eu tocava na pracinha sertaneja, “bem pequenininho”, de quinta a domingo, para 300 a 400 pessoas. Sempre via os outros artistas no outro salão, que é onde fizemos o show no dia 14 de abril.
Na época, eu pensava, “poxa vida, será que um dia eu vou estar ali”, mas era muito distante, tanto é que quando foi fechado o primeiro show no Villa, fui com medo para lá, sem esperar nada, e foi o show mais top que eu fiz na minha vida.
Neste espaço, geralmente vai muita gente de comitiva e se eles não conhecem o artista, o pessoal fica ali, não dá bola, só dançando, acaba a música e pronto. Eu imaginei que ia ter umas 200 a 300 pessoas para nós ver. Mas, a hora que anunciou o nosso show, o palco tremeu, todo mundo com a mão para cima e com o celular.
Fred: “Minha pressão baixou, formigou meus lábios, a perna tremeu, não entendi nada”!
Fabrício
Este próximo show aumentou muito a nossa expectativa. As vendas de ingressos antecipados já são bem maiores que esse outro que citamos, os nossos números de internet também. No primeiro show tinham músicas novas que na época a gente nem tinha gravado ainda, só tinha o acústico, e a galera já cantava e não tínhamos nem lançado ainda.
Qual o maior objetivo da dupla e como vocês lidam com as rotinas de shows?
Fabrício
Nosso maior objetivo é influenciar a nossa geração. Lógico que queremos ganhar dinheiro, fazer sucesso e ser reconhecidos, mas em primeiro lugar queremos contribuir de forma positiva para a música sertaneja, fazer música boa. Pedir para Deus nos abençoar com boas ideias, boas músicas e passar mensagem positiva para as pessoas, com qualidade musical também.
Que possamos contribuir com a música sertaneja/brasileira e ajudar essa “molecada nova” a se inspirar com música que toca o coração, que fala de amor e não só em coisas fúteis. A gente escuta muita coisa banal e besta falada nas músicas para simplesmente ter números. Não precisamos ter os maiores números, mas, para aquelas pessoas que a gente conseguir conquistar, queremos passar algo positivo. Acho que esse é o nosso maior objetivo
Qual conselho vocês dariam para quem está começando na carreira musical?
Fabrício
Conselho que a gente dá, que eu dou, é fazer o que tá no coração, não se preocupar muito. Quando era mais moleque, às vezes tinha uma ansiedade muito grande para as coisas acontecerem na minha vida, e não acontecia. Mas, percebi que era quando eu só me preocupava com isso.
O melhor conselho que eu posso passar para a galera que está começando, é fazer o que acredita com o coração, cantar o que vem da alma e não ter pressa de fazer sucesso. Porque quando tem que acontecer, cai no seu colo, desde que você esteja fazendo com amor, esteja trilhando o seu caminho de forma justa e honesta. Estudar também é bom, não é só querer cantar e sair cantando. Se puder estudar um pouquinho para ser um cantor afinado e melhorar cada vez mais, é o melhor caminho.
Fazer com alma e coração, acho que é o melhor conselho que a gente pode dar!